quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vapor

A gélida brisa e as luzes emitidas pela lua emergiam a cena e a deixava com o ar romântico propicio ao que o rapaz e a moça tinham em mente.
Estavam os dois sentados na varanda, apreciando o céu estrelado e conversando baixo, embora sem haver necessidade, já que estavam sozinhos. Ele era dois anos mais velho que ela, mas totalmente inexperiente. A garota, embora nova e donzela, exalava um ar de maturidade sedutora, como uma leoa de fronte à sua caça assustada.
Timidamente, ele se aproximou do corpo dela, e nesse instante os faróis de um carro passando pela rua, iluminaram o rosto claro e sorridente da sua acompanhante.
O seu coração pulou.
Ele a amava e a desejava tanto que sentia sua cabeça e sua virilha arder.
Ela, com similar sensação, olhou no ínfimo dos olhos enegrecidos pela noite do garoto e em movimento impetuoso e súbito, o beijou.
O seu salto para dentro dos assustados braços do garoto fez com que caíssem no gramado em frente à casa.
Riram.
Voltaram ao beijo, pouco se importaram aonde e como estavam.
A velocidade aumentava, as mãos dele corriam de forma feroz pelo corpo da menina e ela havia se grudado aos cabelos curtos dele e conseguia sentir suas pernas amolecendo e perdendo o controle.
Quando o ar se tornou necessário, tomaram fôlego e se levantaram.
Adentrando a casa, ele a conduziu até seu quarto mostrando uma onda de coragem e serenidade que não refletiam o que ele realmente estava sentindo. Dentro dele, era como se bolas de fogo ardiam e explodiam em partes que ele não conseguia controlar.
Ela o fez sentar na cama com um leve empurrar do seu tórax e sentou ao lado dele, Voltaram aos beijos.
Ele apertava a cintura com força precisa e ela se deixava levar pelos movimentos que o próprio corpo emitia como certo.
Seguiam seus instintos.
Ele descia os lábios ao pescoço da moça, e de leve mordicava-o, levava suas mãos agora aos seios dela.
Tão macios, tão redondos e perfeitos. Precisava senti-los além do leve algodão que cobria sua pele
Ela como se entendesse as vontades do garoto, retirou em movimentos lentos e sensuais a batinha azul floral que usava.
Ele a queria.
Ela o queria.
O ardume dos corpos enroscados e faiscantes era tão palpável que envolveria até mesmo o menor voyeur de todos os humanos.
Ele foi dela, ela foi dele.

Os corpos nus molhados de suor, as suas almas cansadas e completas de forma inigualável, fechavam a noite e abriam as portas para o dia que se mostrava, também, interessado na cena que enfim terminara.