Dentro de mim existe uma saudade, uma saudade sem razão, uma falta sem por que.
Sinto falta das chuvas de verão, de quando eu acordo sem preocupação e passo o dia com estranha disposição.
Saudade de correr por correr, sem ser feio, sem querer aparecer.
Saudade de quando eu brincava ou quando perdia noite e noites lendo, saudade de passar o dia na cama, de jantares cobertos por conversas em tom alto, saudade da falta de malicia e maldade, saudade dos cafés de manhã nos sábados ao meio dia...
Ai que saudade da rede no domingo, dos pés descalços na nossa grama, de uma gama de sensações que só se é possível quando se é criança.
Saudade de um futuro tão presente em mim, saudade de estar entrelaçada, de estar em teus cuidados, saudade tão ansiosa essa que sinto...
Saudade que está por vir, saudade essa tão fantasiosa, mas tão imersa em profunda realidade de algo que se concretiza a cada beijo e que se aproxima mais a cada olhar.