quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Melancolia com adoçante, por favor

Depois que você partiu, não existia mais nada a temer
Depois que o medo se foi, o vazio me preencheu
Depois da saudade, de toda aquela vaidade e dos sorrisos esperançosos
Eu entendi que era enfim, o fim

Depois de o fim de tudo, não tinha mais nada a temer
Eu suportei cada estranha nova dor que me atingia quando você dizia
Dizia que se ia, que amor não mais havia e que somente pena de sí esvaía
Eu tinha medo e era isso que lhe afastava daqui

Eu deveria, eu gostaria e sei que você esperaria
Depois que seu olhar me apontou com aquele adeus
Assim que pela porta foi todo o seu eu
Soube então que nada restou, nem mesmo o medo
Nem mesmo o medo

Depois que você partiu, não havia mais nada a temer
Porque não havia mais nada.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pequena mastigada IV

De tantas voltas que seu mundo deu, tonteou e finalmente caiu.
Caiu em sí.

Pequena mastigada III

Toda vez que ele partia se partia em mil pedaços.

Pequena mastigada II

Sempre lhe faltava o ar ao lembrá-lo
Um calor subia-lhe o corpo, era paixão...
Ela sabia, ele não.

Pequena mastigada I

Nos momentos de ócio da princesa, nunca lhe vinha o príncipe na cabeça.
Só pensava no sapo entediado...

Dinossauro expresso

Esses dias eu vi um dinossauro.
Ninguém acredita em mim, mas eu sei o que eu vi!
Eu tinha recém pintado as minhas unhas, tava deitada na cama olhando pela janela do meu quarto para o céu ensolarado e lá passou ele, voando, tranquilamente...
Era um daqueles pterodactilos, e não, não era um pássaro, eu não confundi, eu não uso drogas.
Ele só não tava no tamanho normal que eles falam na televisão, era um pouco menor.
Na verdade bem menor...
Só sei que vi um dinossauro.