terça-feira, 26 de abril de 2011

Pequena mastigada XXV

Chovia lá fora
Chovia meus olhos
E eu só via você indo embora

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pequena mastigada XXIV

Ao seu lado, ela vestia somente o suor e o calor do fim do ato.

Declaração dos tempos de ginásio

Ninguém nunca me fez sentir do jeito que ele faz
Por isso, além de meu amigo, ele é o meu rapaz.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pente, Dente, Lente...

O medo que me surpreende
O desejo que só ascende
O perigo crescente
A maçã, a serpente
O pecado, o indecente
O vermelho adjacente
O propósito transcorrente
A ignorância inerente
O caminho diferente
Esses nós, essa gente
Um precisar quente, que mente e é equivalente ao profano emergente.

Pequena mastigada XXIII

A ignorância alheia me diverte de um jeito maldoso. Acho eu, que minha vaga no inferno já foi reservada!

Pequena mastigada XXII

O pensamento é a verdadeira arma de destruição em massa, a persuasão é a sua bala e a palavra dita, o puxar de gatilho.

Pequena mastigada XXI

O meu eu lírico parece meio verde e morto, nostálgico e não pouco melancólico.

Pequena mastigada XX

Era uma vez uma história, mas logo se via que não era boa, pois começava com “Era uma vez”.

Dúvida

O amor também é instintivo?

Pequena mastigada XIX

Tenho medo de passar em branco, ser só um momento, uma gota de um oceano qualquer, uma lembrança embaçada, algo nulo, omitido, algo vazio.

Pequena mastigada XVIII

Dê-me tempo livre, uma caneta macia e papéis em branco, e então me tens por toda, em escrita.

Grande bosta é amor

O amor é uma grande bosta.
Bosta serve de adubo, assim como o amor.
Quando adubamos a terra com bosta, tudo nasce mais forte e mais rápido.
Quando adubamos a terra com bosta, as flores nascem mais bonitas, mais vivas, quando adubamos o corpo com amor, os sentimentos bons florescem, como as rosas, o carinho, como tulipas, a paixão, como petúnias, o querer. Mas para nosso desespero, tudo de ruim nasce mais rápido e forte também, assim como as ervas daninhas. E não adianta o quanto você arranque a saudade, envenene o ciúme, amasse a raiva, eles crescerão sempre, assim como os sentimentos bons, porque, afinal, o amor é uma bosta.
E bosta serve de adubo.